O Google presta homenagem a Taos Amrouche, uma renomada cantora e escritora cabila, por meio de um Doodle especial.
Sua contribuição para a cultura berbere, tanto como intérprete quanto como autora, foi fundamental para torná-la mais acessível. Taos Amrouche é reconhecida como uma das primeiras mulheres argelinas a publicar um romance.
A trajetória de Taos Amrouche começou quando ela frequentou o ensino médio em Túnis e posteriormente mudou-se para a França em 1935 para prosseguir seus estudos universitários.
Ela uniu forças com sua mãe e irmão para coletar e interpretar canções cabiles, e sua paixão pela música a levou a uma bolsa de estudos para estudar música espanhola e berbere na Casa Velasquez, na Espanha. Sua busca pelas tradições orais do povo cabila a levou a explorar sua herança étnica na Argélia.
Em 1947, Taos Amrouche lançou seu primeiro romance intitulado “Jacinthe noir” (Jacinto Negro), que conta a história de uma jovem tunisiana que se encontra entre duas culturas.
Esse livro se tornou um marco na literatura argelina, sendo uma das primeiras obras publicadas por uma mulher do país.
Além de romances, ela traduziu poemas, provérbios e lendas cabiles para o francês, resultando na coleção intitulada “La Grain magique” (O Grão Mágico).
Além de seu trabalho como escritora, Taos Amrouche também se destacou como cantora, apresentando canções tradicionais berberes em francês. Seu primeiro álbum, “Chants berbères de Kabylie” (Canções berberes de Cabília), foi um grande sucesso, e ela lançou mais quatro álbuns durante a década de 1970.
Através de suas histórias e músicas, ela desempenhou um papel importante na preservação de sua herança oral e na conexão entre suas identidades francesa e cabila. Taos Amrouche também foi uma participante ativa em discussões berberes e co-fundou a Académie berbère, onde ocasionalmente sediava reuniões em sua residência em Paris.
Sua contribuição para a arte e cultura berberes é celebrada até hoje, sendo reconhecida com uma placa em sua antiga casa.